sexta-feira, 6 de maio de 2011

Projeto de Matemática (uso do Computador UCA)

Estado do Acre

Secretaria de Educação

Escola de Ensino Médio Marcílio Pontes dos Santos

Disciplina: Matemática

Projeto: Pesquisa de Termos Matemáticos e Postagens no Blog da Disciplina de Matemática, usando o computador do projeto UCA.

Autor: Professor: Francisco Guedes Pereira.

Acrelândia-Acre, 05 de Maio de 2011.

TEXTO A SER USADO: POESIA MATEMÁTICA (MILLÔR FERNANDES)

JUSTIFICATIVA: A atividade proposta a seguir estimulará os estudantes do Ensino Médio a pesquisarem o significado de termos matemáticos desconhecidos, os quais serão encontrados no texto de Millôr Fernandes.


OBJETIVOS: Enriquecer o vocabulário matemático dos estudantes e criar o hábito de pesquisa nos mais diversos sites existentes, o que vai colaborar com a formação intelectual dos mesmos, não somente no campo da Matemática, como em todas as outras disciplinas.


METAS: Ensinar não apenas os termos utilizados em Matemática, mas também como manusear o computador e a navegar nos sites corretamente.

AÇÕES: Os alunos farão a leitura da poesia, a qual estará postada no blog do professor de matemática e destacarão os termos matemáticos desconhecidos e procurarão as palavras nos sites de pesquisas. Ao terminarem a pesquisa, escreverão no blog todas as palavras encontradas.



EQUIPAMENTOS / MATERIAIS UTILIZADOS:
Poesia Matemática, de Millôr Fernandes, e o computador.

POESIA MATEMÁTICA (Millôr Fernandes)

À folhas tantas
Do livro matemático
Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma incógnita

Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base,
Uma figura ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo octogonal, seios esferóides,
Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela
Até que se encontraram
No infinito.
“Quem és tu”, indagou ele
Com ânsia radical.

“Sou a soma do quadrado dos catetos
Mas pode me chamar de hipotenusa.”

E de falarem descobriram quem eram
- O que, em aritmética, corresponde
A alma irmãs –
Primos-entre-si.

E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas senoidais.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas.
E os exegetas do Universo Infinito.

Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.

E, enfim, resolveram se casar
Constituir um lar.
Mais que um lar,
Uma perpendicular.

Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.

E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.

E se casaram e tiveram uma secante e três cones.

Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.

Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
Freqüentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.

Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.

Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais Um Todo,
Uma Unidade. Era o Triângulo,
Tanto chamado amoroso.

Desse problema ela era a fração
Mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
E tudo que era espúrio passou a ser
Moralidade
Como, aliás, em qualquer
Sociedade.

Dicionário da Língua Portuguesa
Texto
Poesia Matemática, de Millôr Fernandes

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